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Economia mundial e seus desafios, de acordo com a FMI
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Assuntos como inflação, desenvolvimento e estabilização econômica.
- Por Camilla Ribeiro
- 27/07/2023 14h17 - Atualizado há 1 ano
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia ainda sofre consequências por conta da Covid-19.
Isso é abordado no relatório “World Economic Outlook", o qual é possível analisar que os países ainda tentam se recuperar da Covid-19, e também pela guerra da Ucrânia e Rússia.
"No entanto, muitos desafios ainda obscurecem o horizonte e é muito cedo para comemorar", publicou Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe.
Os três fatores desafiadores para economia global identificados pelo FMI, são:
1. Queda no crescimento econômico
"Crescem os sinais de que a atividade global está perdendo força", disse Gourinchas, por conta das medidas políticas monetárias na luta contra a inflação.
Os dados do relatório indicam que a economia de 2023 e 2024 crescerá menos do que 2022, sendo 3,5% no ano passado para 3% nos dois anos.
Embora tenha ocorrido um crescimento de 0,2 em relação as expectativas, ainda “continua fraca” comparando à média deste século de 3,8%.
Para os países desenvolvidos, esse pouco crescimento está explicado pelo seu desempenho, de 2,7% em 2022 para 1,5% em 2023.
Já para os emergentes haverá um crescimento de 3,1% para 4,1% para este e o próximo ano.
Esse avanço é consequência das forças das economias asiáticas, China e Índia.
"Muitos produtores de matérias-primas vão sofrer uma queda nas receitas de exportação", disse Gourinchas.
O Brasil será um dos que irão sofrer, 2,1% em 2023 e 1,2% em 2024 — contra 2,9% do ano passado, porém, o FMI está com expectativa de crescimento para 2023, de 1,2% para 2,1%.
2.O problema da inflação
Por mais que a inflação tenha ficado na média, em 8,7%, espera-se que baixe para 6,8% o núcleo da inflação lentamente (produtos voláteis não fazem parte).
"Mais preocupante, o núcleo da inflação nas economias avançadas deve permanecer inalterado a uma taxa média anual de 5,1% este ano, antes de cair para 3,1% em 2024. Claramente, a batalha contra a inflação ainda não está vencida", explicou Pierre-Olivier Gourinchas
A situação do Brasil em relação ao IPCA é de queda já faz um ano. Comparando os meses de junho, 11,89% em 2022 para 3,16% desse ano.
3.Garantir a estabilidade financeira
"Os bancos centrais devem continuar a se concentrar em restaurar a estabilidade de preços e fortalecer a supervisão financeira e o controle de risco", informações do relatório.
Ainda complementa que "devem ser construídos buffers fiscais, com a composição do ajuste fiscal garantindo apoio específico aos mais vulneráveis".
Exemplos são os Estados Unidos e a Suíça, que enfrentaram oscilações na economia no início deste ano e o objetivo é manter a estabilidade.